segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

WikiLeaks: mais uma lição norte-americana ao mundo!

Acabo de ler na coluna do Clóvis Rossi na Folha.com (http://www1.folha.uol.com.br/colunas/clovisrossi/841305-os-papeis-do-site-wikileaks.shtml) a reprodução de um artigo do Moisés Naím sobre os últimos documentos vazados pelo WikiLeaks. O autor é um acadêmico venezuelano que está há muitos anos nos Estados Unidos e já pensa com mentalidade de norte-americano, como mostra o que escreveu. É incrível como os norte-americanos tendem a analisar tudo de forma egoísta e com uma ótica que só leva em conta as visões de mundo próprias ao país. Vejamos o seguinte trecho, em que Naím reitera a posição de um outro analista, este originalmente norte-americano, citando-a entre aspas: "El villano que claramente emerge de los cables no es Washington; son los líderes de otros países, que eluden tomar decisiones difíciles y se refugian en la hipocresía, la cobardía y las mentiras que les dicen a sus pueblos". Quer dizer que os Estados Unidos estão isentos de culpa pelos problemas mundiais? O erro é dos outros, que não fazem o que os Estados Unidos querem? Ah, por favor, né! E, para piorar, o Rossi não contestou esse trecho. É claro que diplomatas de todos os países tentam extrair o máximo de informações nos locais onde servem para enviar a seus superiores. O problema no caso dos documentos norte-americanos vazados são as posições que aparecem em alguns deles. Os Estados Unidos fazem seu papel ao tentar impor sua visão aos outros países, mas não venham com o discurso, como Naím e outros fazem para que a diplomacia norte-americana saia bem do episódio dos vazamentos, de que isso é o melhor para todos.

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