terça-feira, 7 de dezembro de 2010

As origens sociais da raiva contra o Corinthians

Tenho muito orgulho de ser corintiano. As inúmeras demonstrações de raiva contra o Corinthians que tenho visto nos últimos dias, mais ou menos explícitas, só reafirmam a grandeza deste clube. Afinal, é preciso ser muito grande para estimular tantas reações apaixonadas, seja para o bem ou para o mal. O que não entendo é a intensidade da raiva de muitos. A explicação não é só a rivalidade ou a grandeza corintiana. A raiva contra o Corinthians une torcidas rivais pelo Brasil afora. Desconfio que isso tem a ver com a origem social de grande parte dos corintianos. Assim como defender a militarização de favelas para combater o crime, é bem aceito socialmente destilar raiva e preconceito contra os corintianos. E não me venham dizer que não tenho bom humor. O tom de brincadeira termina onde começa o de preconceito. No campo esportivo, a temporada do Corinthians terminou de forma frustrante, por causa do terceiro lugar e da necessidade de disputar a Pré-Libertadores. O que não significa que não tenha sido uma boa temporada. O corintiano precisa se acostumar com a regularidade, nem oito nem oitenta. É só com uma seqüência de temporadas como a de 2010 que o Corinthians vai, cedo ou tarde, ser campeão da Libertadores. E tenho dito!

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